So, Europe was more than they expected. And they didn't have words for Spain. Marc always knew it, but Estella and Hani had never dreamt of a place like that. They would've done anything for the trip to be perfect.
As reality surprises them once again, Estella and Hani will thank the existence of their attractive friend Marc forever, because even though being a bit scandalous, he will be the door for their dreams to come true.

Monday, September 12, 2011

V - Hani

Hani só tinha duas palavras para aquilo:
Santiago Bernabéu.
Quer dizer, ela gostava de futebol desde que se conhecia por gente. Desde sempre se lembrava do seu avô e de seu pai gritando na sala da casa dos seus avós os gols do Corinthians. Sempre se lembrava do desespero quando o seu time perdia. Lembrava-se de como havia chorado quando viu seu primeiro gol num estádio. Como ela já tinha rejeitado um garoto legal só por causa de futebol. Como se envolvera em quinze mil brigas com homens por causa de futebol... E como descobrira, no meio do jogo da Espanha e da Suíça que sua melhor amiga era completamente viciada em futebol.
- Vai, vaai, Puyi – era Estella com o celular na orelha no meio da aula de biologia.
- O. Que.Você. Tá. Fazendo? – Hani estava perplexa.
- Eu to ouvindo o jogo da Espanha... O que mais estaria fazendo? Você não acha que eu ia prestar atenção nisso aí enquanto a Espanha joga, né? – Estella revirou os olhos.
A partir de então, a maioria das conversas das duas amigas passara a ser futebol. Marc também sempre falava como tal jogador era bonito. Hani se irritava bastante quando ele lançava o tipo de comentário:
- Meu, por que esse cara de amarelo fica correndo pra lá e pra cá, com um apito, e ninguém passa a bola pra ele?
Na verdade, Hani estava bem feliz que Marc não estivesse falando nada quando eles foram visitar o estádio.
A visita começou com uma vista panorâmica do estádio. Hani se lembrou de como foi incrível a sensação de sentar numa daquelas cadeiras e comemorar como louca o gol do Cristiano Ronaldo. Ou o gol do Di Maria. E o gol do Cristiano Ronaldo de novo. Como ela amava aquele estádio. Se fosse possível, ela abraçaria aquela estrutura.
Na verdade, ela já estava abraçando com os olhos.
A Sala Histórica foi mais incrível ainda. Ela tirou milhares de fotos, todas se imaginando mostrando para os irmãos e contando sobre cada uma das coisas de um dos clubes que ela mais gostava. Todos os uniformes. A história do clube. Tanta coisa legal já estava deixando ela tonta.
Depois, vinha a Sala de Troféus. Era imensa – óbvio que ela era imensa. Hani tirou fotos de todos os troféus. Ficou particularmente interessada em levar pra casa o mais antigo do clube, que era maravilhoso, e tinha até um lugar especial para ele.
Ali perto tinha uma maquete do estádio – Hani era apaixonada por maquete, e ficou horas vendo aquela – e uma réplica da Fonte de Cibeles, o lugar no qual acontecem as comemorações das grandes conquistas do Real.
Mas na frente tinha uma apresentação de todos os jogadores que já passaram pelo time. Isso entreve muito aos amigos. Marc ficava avaliando quais eram bonitos e quais não eram. Hani tirava fotos loucamente. Estella tirava fotos dos que mais a interessavam.
O próximo passo da visita foi ficar bem perto do campo. Foi a segunda parte mais emocionante do passeio. Ficar a centímetros do campo, imaginando mil coisas. Como os jogadores se sentiam, como o técnico se sentia... Como era ser qualquer uma dessas coisas. Era só fantástico imaginar, quem dirá ser.
E, aí, veio a parte mais emocionante do passeio: o vestiário.
O vestiário dos jogadores do Real Madrid mesmo não era aberto a visitação – por motivos óbvios – mas, Hani queria de todo jeito entrar. E sabia que Estella e Marc também queriam. A única coisa que os impedia era uma barreira azul, que Hani não tinha certeza do que era feita, mas que ia até a altura de seu joelho. O problema era o segurança ali perto, já olhando estranho para eles, porque eles pararam e olhavam para o vestiário de entrada restrita.
Mas eles não tinham tempo para fazer um plano.
Os três só pularam a barreira azul e saíram em disparada para dentro do vestiário. Hani era a primeira, por causa de suas pernas longas e porque fazia esporte desde pequena. Ela ouviu Estella ser pega atrás dela. E acelerou mais o passo, a adrenalina correndo por suas veias. Ela ouviu Marc tropeçar e ser pego, mas não parou.
Então, ela conseguiu dar uma olhada de cinco segundos no vestiário deles.
Era todo azul e branco. Os armários tinham o número do jogador e a foto dele. Só de pensar que... Ah, meu Deus. Todos eles estiveram ali. Todos. Seus olhos passaram de armário por armário, na ordem que estavam. Do Casillas, do Ricardo Carvalho, do Pepe, do Sergio Ramos, do Şahin, do Khedira, do Cristiano Ronaldo, do Kaká, do Benzema, do Özil, do Graneiro...
Então ela sentiu seu corpo ser arrastado para fora de lá.
E não é como se eles pudessem continuar a visita depois disso.

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